Na última quinta-feira (6), a Guarda Civil da Espanha colocou em ação a Operação PONEI, que resultou na prisão de um homem conhecido como ‘CryptoSpain’. Ele é apontado como o líder de uma pirâmide financeira que enganou cerca de R$ 1,6 bilhão, ou 260 milhões de euros.
O esquema se disfarçava de um clube privado de investimento, prometendo lucros em diferentes ativos, como imóveis, veículos de luxo, iates, whisky, ouro e criptomoedas. No entanto, na prática, o dinheiro dos investidores não era utilizado para adquirir nada; os retornos prometidos eram pagos com o aporte de novos participantes, numa típica dinâmica de pirâmide.
Um golpe com mais de 3 mil vítimas
As investigações, que contaram com apoio da Europol e de diversas polícias internacionais, revelaram uma complexa rede financeira. O esquema se estendia por países como Portugal, Reino Unido, Albânia, República Dominicana, EUA, Malásia, Bélgica, Tailândia e Hong Kong, tornando mais difícil a atuação das autoridades.
Batizado de ‘Madeira Invest Club’ ou simplesmente MIC, o golpe teria atingido mais de 3 mil vítimas desde o início de suas operações em 2023. Ele era apresentado como um clube exclusivo que oferecia oportunidades de investimento em ativos diversos, com promessas de rentabilidade fixa e recompra garantida. Um exemplo dessa situação é o Bitcoin, que subiu 526% desde 2023, enquanto o ouro também teve uma valorização expressiva de 119%.
Entretanto, o dinheiro que deveria ser investido não via a luz do dia; ele era apenas utilizado para pagar aqueles que entraram no esquema mais cedo, criando uma ilusão de rendimento.
Prisão do líder do esquema
A operação culminou na detenção de ‘CryptoSpain’, cuja identidade real não foi divulgada, apenas suas iniciais: A. R. Além do golpe financeiro, ele agora enfrenta acusações de lavagem de dinheiro.
Apesar da magnitude da pirâmide, a Guarda Civil não forneceu informações sobre a apreensão de dinheiro ou criptomoedas durante a operação, o que deixa um mistério no ar sobre o desfecho financeiro dessa história.
